Depois de 4 meses passando todo o tempo que estive em Paris dentro de bibliotecas e rodeada por livros e mais livros por causa da faculdade, me dei ao luxo de tirar a tarde de ontem de folga e ir assistir um filme com uma amiga.
Invictus. Não conhecia muito da vida de Mandela e confesso que fiquei impressionada ao saber da existência de um homem com tanto amor no coração, com tanta paz na alma. Ele viveu na pele o apartheid na África do Sul e foi preso por 30 anos. Mesmo depois de tantas dores e humilhações que ele e sua família viveram, ele só cultivou o amor em seu coração e ao sair da prisão, foi eleito presidente e lutou pela união entre brancos e negros em seu país. Lutou pela inclusão daqueles que o excluíram, pregou o perdão e a compaixão àqueles que foram implacáveis e cruéis com ele e com seu povo.
Não estou aqui para escrever uma biografia sobre esse homem a quem acabei de ser apresentada, muito menos para fazer a crítica de um filme que sequer verifiquei a vericidade da história contada. Estou aqui simplesmente para dividir com vocês esse sentimento de gratidão e reverência que me enche o peito. Porque se no mundo realmente existe alguém com metade, ou um terço que seja, da bondade e entrega que eu vi ontem nesse filme... eu continuo à acreditar que sim, é possível mudar essa visão individualista, mesquinha e rancorosa que nos deparamos todos os dias, seja vinda dos outros ou, muitas vezes, de nós mesmos.
Reabastecida, continuo minha caminhada.
Dando em dobro tudo de bom que recebo da vida, tranformando as dores em grandes mestres e amigas, chorando por dentro pela minha impontêcia diante das desigualdades e injustiças que me rodeiam, tanto aqui na esquina, como em todos os cantos do mundo.
E pé ante pé vou construindo meu caminho.
Incluindo nele o bem estar de todos, o respeito à natureza e tentando fazer de meu sorriso sincero e diário, uma porta de conforto para aqueles que cruzam minha vida.
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