29 de maio de 2009

Liberdade: Brasil X Europa

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Nessa MINHA CAMINHADA POR AÍ, já foram muitas as conversas sobre o Brasil, sobre a diferença de liberdade entre Brasil e Europa.

Acho que talvez pra mim, que nasci e fui criada no Brasil, a forma com que as coisas se desenrolam por lá é perfeitamente normal e vivível: não poder voltar pra casa de transporte público depois das 23h, não poder andar pelas ruas de madrugada, pequenas guerras civís acontecendo bem na nossa porta, ou pelo menos na porta das casas onde nossas "empregadas e porteiros" moram, com direito a tiros e assaltos a torto e a direito.

Pra mim, isso está longe de ser o melhor, mas também está longe de ser o pior. Pra eles, que têm outro tipo de relação com o coletivo e com o uso dos espaços e tranportes públicos, esses fatos normais de nosso dia-a-dia podem parecer cenas dos filmes Cidade de Deus / Tropa de Elite. E de coração? Agora eu entendo.

Sábado passado fui para uma boate com umas amigas francesas. Deu 2:30 da matina, minhas pernas pediram arrego e resolvi voltar pra casa. Sozinha. Demorei meia hora no ponto de ônibus olhando pro mapa e tentando me localizar (ruas cheias de gente ao redor dos bares e restaurantes, pontos de ônibus cheios de gente). Peguei uma bicicleta pública e pedalei por 45 minutos, até chegar perto de casa, quando tive a sorte de pegar um busu e me aliviar de mais 10 minutos pedalando.


(uma dessas madrugadas andando de bike por aí)


Aqui pessoas andam nas ruas. Mulher, homem... sozinhos ou em grupos. Não é que não aconteça nada, acontece, claro! Em todo canto desse mundo existem lugares e lugares, pessoas e pessoas. Mas a sensação de MEDO não existe, ou se existe é em escala muito menor do que no Brasil.

Mas o mundo é como é e não como pensamos que ele é. Essa é a grande vantagem de viajar por aí: descobrir as particularidades de cada lugar, as possibilidades de cada pessoa.

E a gente vai vivendo, vai vendo, conhecendo e mudando nossa vida.

"Muda, que quando a gente muda o mundo muda com a gente
A gente muda o mundo na mudança da mente"
(Até quando? - Gabriel O Pensador)

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